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Cajazeiras, PB
Circula com grande repercussão a reportagem da Revista Nordeste, que aborda as articulações do presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), Cassiano Pereira, em defesa do projeto de resgate e revitalização da ferrovia de Cajazeiras a Cabedelo. Este projeto, ainda fora do escopo da Transnordestina, necessita do apoio do governador João Azevêdo para sua efetivação.
A matéria destaca a importância estratégica da ferrovia para o desenvolvimento econômico da Paraíba, conectando o interior ao Porto de Cabedelo e melhorando a logística de transporte de cargas e passageiros. Cassiano Pereira tem buscado apoio em diversas instâncias federais para transferir a gestão da ferrovia ao governo estadual, com o objetivo de atrair investidores e concretizar o projeto.
A reportagem também enfatiza a necessidade de mobilização política para incluir a Paraíba no traçado da Transnordestina, ressaltando que a revitalização da ferrovia poderia transformar o cenário econômico do estado. A participação ativa do governador João Azevêdo é considerada fundamental nesse processo de negociação com o Ministério dos Transportes.
UM “NOVO TEMPO” DA PARAÍBA
Ministério dos Transportes insiste em manter ferrovia paraibana excluída da Transnordestina; FIEP mantém luta pela inclusão
O estado da Paraíba se constitui em unidade da federação brasileira com melhor traçado ferroviário entre as demais do Nordeste, mesmo assim o Ministério dos Transportes ignora interesse da iniciativa privada e do Governo do Estado para revitalizar a ferrovia de Cajazeiras a Cabedelo – neste último caso o Porto do Estado conectando com o mercado internacional para mudar o rumo e futuro econômico do Estado.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Cassiano Pereira, já mantém Contatos em diversas instâncias federais e o governo se manifesta favorável à transferência da exploração da ferrovia pelo Estado, apesar de tudo a equipe técnica federal ignora e retarda a maior mudança econômico-logística da Paraíba.
A POSIÇÃO INSENSÍVEL
Em nota enviada à reportagem da Revista Nordeste, o Ministério dos Transportes afirmou “que segue conduzindo estudos sobre a malha não operacional da Ferrovia Transnordestina Logística S.A. (FTL)” sem se referir à ferrovia da Paraíba para depois esclarecer: “O objetivo desse processo é avaliar a condição de cada trecho e determinar a melhor alternativa de aproveitamento, considerando sua viabilidade para uso ferroviário ou para outras finalidades”, observa para acrescentar: “Além disso, o ministério criou um grupo de trabalho para avaliar os trechos a serem devolvidos e a respectiva indenização, bem como o escopo de novo modelo para racionalização da malha operacional. O relatório desse GT está em fase de validação na pasta”, frisou.
E formaliza de forma determinante ignorando a possibilidade da ferrovia da Paraíba ser reinserida no PAC de 2025 em diante atendendo interesses de governo e da iniciativa privada: “Informamos ainda que a ferrovia Transnordestina inclui Ceará, Piauí e Pernambuco não havendo até o momento, previsão de expansão para outros estados”, ou seja, excluindo a Paraíba.
AS INDAGAÇÕES DA REVISTA
A reportagem da Revista Nordeste enviou ao ministério dos Transportes as seguintes indagações para receber acima as respostas da instituição.
“Primeira pergunta: se existem estudos em curso ou em planejamento que incluam a ferrovia ligando o Porto de Cabedelo ao município de Cajazeiras, na Paraíba”.
“Segunda questão: existe um movimento de empresários e políticos, incluindo o próprio governador da Paraíba, João Azevêdo, para que a concessão federal passe a ser de autonomia estadual. Essa possibilidade está sendo discutida no Ministério dos Transportes, dentro das obras do novo PAC? Ou seja, transferir para o Governo da Paraíba a concessão da Ferrovia?”
“Terceira questão: Existia uma intenção de incluir na Ferrovia Transnordestina, trechos na Paraíba. Como estão tais projetos?”.
As respostas do Ministério confirmam a exclusão da Paraíba da Transnordestina.
