A decisão do governador João Azevedo (PSB) de disputar, ou não, a eleição de 2026 por uma vaga no Senado Federal, é o fato que marcará a política da Paraíba, e o qual, todas as lideranças do estado aguardam com bastante ansiedade até o mês de abril do ano eleitoral.
Uma parte destas lideranças torce que o chefe do executivo estadual renuncie ao cargo e que Lucas Ribeiro (PP) assuma a cadeira de governador, o que pode dar novos rumos ao estado governado a quase 16 anos pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro). Por outro lado, também a quase 16 anos, uma outra turma vem agarrada nas tetas do governo, torcendo e rezando noite e dia para que João resolva continuar sentado no trono, contemplando os seus apadrinhados, em grande parte amigos e familiares.
João dá sinais que deverá mesmo rumar até Brasília, e um dos principais incentivos para que pense dessa forma é a facilidade que teria para chegar a “Câmara Alta” tendo pela frente oito longos anos de mandato com direito a reeleição, e que o consagraria politicamente até a sua aposentadoria da vida pública.
Outro incentivo vem do seu partido o PSB, e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) que já revelou a João Azevedo a vontade de vê-lo no Senado, reforçando, assim, a sua base aliada na casa.
Porém, um motivo deve levar João Azevedo a encarar mesmo a disputa, que para muitos, é um “cavalo passando selado”. O governador, que não demonstra ideologia politica radical, tem plena consciência que o grupo que o cerca hoje, é aquele mesmo grupo que idolatrava o ex-governador Ricardo Coutinho, hoje no PT (Partido dos Trabalhadores) e que foi abandonado por todos, assim que ficou sem a caneta do governo na mão.
Permanecer no cargo por um projeto de governo foi o que Ricardo Coutinho ideologicamente fez, e passado o bastão, foi abandonado pelo próprio João, que rompeu com Ricardo logo após sentar na cadeira de governador.
Será que a trupe socialista estará reverenciando João Azevedo pós-eleição e sem o poder da caneta? A resposta todos sabem, e João Azevedo também, pois o exemplo de Ricardo Coutinho, o governador acompanhou de camarote.