A deputada estadual Doutora Paula (Progressistas) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba, nesta terça-feira (8) para fazer um apelo ao governador João Azevêdo, ao secretário de Estado da Saúde, Ari Reis, e a classe médica, sobre a contratação de obstetras por hospitais públicos na Paraíba. Destacando os inúmeros de caos de mães e bebês mortos no estado nos últimos meses, a parlamentar pediu mais atenção e critérios no processo de contratação dos profissionais.
“Eu peço que o governador do Estado e o secretário de Estado da Saúde não permitam que os hospitais públicos contratem médicos sem que tenham a sua prova de residência. Peço também aos profissionais médicos que tenham compromisso ético e não assumam funções como obstetra e nem tão pouco como ginecologista sem ter os conhecimentos suficientes. Só através da residência médica é que esses profissionais podem assumir um cargo de médico obstétrico e ginecologista numa maternidade e num hospital público”, destacou a deputada.
Preocupada com o número de mortes de mães e bebês na Paraíba, a deputada Doutora Paula apresentou na Assembleia o Requerimento 19.909/25 encaminhado ao secretário de Saúde, Ari Reis, solicitando o cumprimento das Instruções Normativas do Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) do Estado da Paraíba com o que dispõe sobre a imperiosa necessidade técnica da presença do Médico Obstetra de Alto Risco, compondo o serviço de Obstetrícia em todas as unidades hospitalares sob a administração do Estado da Paraíba.
“A contratação desse profissional de alto risco nas unidades de obstetrícia do estado da Paraíba é uma ação essencial para garantir a segurança das gestantes e neonatos, conforme preconizam as regulamentações do Ministério da Saúde, CFM e CRM-PB. Este investimento terá um impacto significativo na melhoria da qualidade do atendimento obstétrico, redução da mortalidade materna e neonatal, e na confiança da população nos serviços de saúde. Assim, a implementação dessa medida é urgente e necessária para promover a saúde de toda a população gestante do estado”, afirmou a deputada.