O jornalista Fernando Caldeira, em sua coluna semanal “CALDEIRA POLÍTICA” da semana trouxe uma denúncia contra o prefeito Bal Lins de São José de Piranhas e criticou o silêncio que a imprensa cajazeirense vem dando aos fatos.
Segundo Caldeira, o prefeito estaria perseguindo um servidor público por não fazer parte do seu alinhamento político, e estaria, inclusive, enviando a câmara um projeto de lei que legaliza o ato de perseguição.
Veja os tópicos escritos pelo jornalista em sua coluna:
VERGONHOSO SILÊNCIO – Cada qual cuida do seu, é bem verdade. Mas quando o assunto é a defesa da probidade administrativa é de se esperar que os órgão de imprensa não se escondam para defendê-la. Mas é isso justamente o que está acontecendo com grande parte da imprensa cajazeirense. A prefeitura de São José de Piranhas está perseguindo um funcionário efetivo naquela cidade e a imprensa caladiiiiinha, caladiiiiinha. Que vergonha!
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA – A velha e retrógrada prática da perseguição política parece estar de volta com força total na cidade de São José de Piranhas, sob o comando do prefeito Sandoval Vieira Lins, mais conhecido como Bal Lins. A gestão municipal está sendo acusada de retaliar um servidor público concursado que, nas eleições de 2024, não apoiou o grupo político do atual gestor.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA 1 – A denúncia parte do servidor Wagner Cunha Barreto de Sousa, vigilante efetivo do município há mais de 16 anos, que atuava na Praça Getúlio Vargas, conforme Portaria Administrativa nº 159/2010. Segundo Wagner, ele foi surpreendido com uma nova portaria, a de nº 026/2025, assinada pelo chefe dos vigilantes, Wedson de Sousa Silva, transferindo-o para o Distrito de Bom Jesus, alegadamente por determinação do Secretário de Administração, Carlos Vinicius Brasil Araújo.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA 2 – A transferência, no entanto, pode representar mais do que uma simples mudança de local de trabalho. Para Wagner, trata-se de uma clara retaliação por não ter apoiado a atual gestão nas últimas eleições, configurando perseguição política e abuso de autoridade. A situação se agrava quando se observa que a Lei Municipal nº 234/2002 proíbe expressamente a transferência de servidores de uma localidade para outra sem o consentimento do próprio funcionário, mesmo que isso envolva promoção funcional. Wagner, ciente de seus direitos, protocolou o Ofício nº 006/2025 em 27 de março, se opondo à decisão.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA 3 – O documento foi entregue pessoalmente ao secretário de administração, mas em 29 de abril recebeu como resposta o indeferimento do recurso, mantendo a transferência – segundo ele, sem sequer ter sido devidamente notificado. A perseguição, contudo, não parou por aí. No dia 15 de abril, mesmo estando em serviço e registrando presença eletrônica na SEINFRA, o servidor foi surpreendido com um desconto de quase 50% em seus vencimentos, sob a alegação de faltas injustificadas. Wagner afirma que também protocolou ofício solicitando o ressarcimento dos valores descontados, mas, até o momento, não obteve qualquer retorno da administração.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA 4 – Como se não bastasse, agora o Poder Executivo tenta derrubar o principal obstáculo legal contra a perseguição: o prefeito Bal Lins encaminhou à Câmara Municipal, com pedido de urgência, um projeto de lei que propõe a revogação da Lei Municipal nº 234/2002 – justamente a norma que protege os servidores contra transferências arbitrárias. A Câmara, representante do povo, vai praticar um ato delinquente quanto esse?
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA 5 – O prefeito Bal Lins é do PSB, primo e aliado do deputado Chico Mendes e do governador João Azevêdo. Ambos devem estar preocupados com a repercussão do caso que pode refletir em suas eleições no próximo ano!