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Cajazeiras, 2024: o ano da baixaria – Por Linaldo Guedes

Como diria o bardo Cazuza: “A tua piscina tá cheia de ratos Tuas ideias não correspondem aos fatos O tempo não par

06/07/2024 às 18h19 Atualizada em 09/07/2024 às 13h00
Por: REDAÇÃO Fonte: FonteCZ
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Cajazeiras, 2024: o ano da baixaria – Por Linaldo Guedes

Esta semana ouvi, num programa de rádio local, um apresentador comemorar a baixaria da campanha eleitoral deste ano em Cajazeiras. Dizia o apresentador, entre risos mal disfarçados, que a campanha acintosa da oposição contra a pré-candidatura de Corrinha Delfino é natural, que faz parte do jogo político, que acontece em todas as eleições, etc e tal.

Ora, acontecer em todas as eleições esse jogo de baixaria não quer dizer que seja natural. Pelo menos não deveria ser num tempo em que defendemos renovação das posturas políticas.

Quem não se lembra da postura de Aécio Neves após o resultado do pleito de 2014, onde foi derrotado, ao dizer que “quero ver Dilma sangrar”? Dilma sangrou, é verdade, ao sofrer um golpe para destituí-la da presidência. Mas quem sangrou mais foi o país. Insuflado pelo ódio de Aécio, mergulhou num processo de impeachment forjado e o resultado todo mundo viu. A ascensão da extrema-direita que quase implanta uma nova ditadura no Brasil. Enquanto isso, Dilma foi inocentada de todas as acusações, porque elas foram feitas apenas por vingança, ódio e desejo de poder, dentro dessa lógica de que no jogo político vale tudo que o radialista defendeu no ar.

Não vale. Os tempos são outros e os eleitores não veem com bons olhos tais posturas. Nas ruas, até eleitores da oposição vêm falar comigo sem entender porque essa postura. São pessoas que mesmo não votando em Corrinha não concordam com essa baixaria. Não podemos esquecer que Cajazeiras é formada por pessoas inteligentes, muitos delas professores e professoras que pensam por conta própria e não concordam com o nível das agressões desferidas contra a também professora Corrinha Delfino.

A oposição precisa definir o tom de sua campanha este ano. De um lado, posa de paladina da moral e da mudança de costumes políticos, defendendo equilíbrio, sensatez e propostas de verdade para mudar a realidade do município. De outro, deixa transparecer a sanha de poder, baixando o nível da campanha política até o rés do chão num tom que beira ao desespero. Não é, definitivamente, com esse jogo sujo, que Cajazeiras vai conhecer uma nova forma de fazer política.

Como diria o bardo Cazuza:

“A tua piscina tá cheia de ratos

Tuas ideias não correspondem aos fatos

O tempo não para

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