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OPINIÃO – O COMÍCIO DE JEOVÁ

Se a Justiça Eleitoral foi afrontada, não sei. Cabe a ela dizer.

16/07/2024 às 20h46 Atualizada em 18/07/2024 às 01h06
Por: REDAÇÃO Fonte: Blogdofurao.com.br
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OPINIÃO – O COMÍCIO DE JEOVÁ

As convenções partidárias ainda nem foram realizadas e a campanha sequer iniciada, pelo menos oficialmente, mas o procurador jurídico adjunto da Assembleia Legislativa, Jeová Campos (PT), já fez um primeiro comício.

Sob a justificativa de ‘entrevista coletiva’, o “Rei do Alho” reuniu todas as emissoras de rádio de Cajazeiras e redes sociais da internet para acusar a professora Socorro Delfino e, nessa esteira, promover um verdadeiro comício eletrônico, com direito a discursos, falas, fotos e torcida organizada.  

Embora não seja candidato nas eleições vindouras, Jeová é primo do pré-candidato Chico Mendes e, portanto, concorrente ao mesmo cargo disputado por quem, por 1 hora e 43 minutos, foi açoitada por denúncias sem provas: Corrinha Delfino.

O ex-deputado parte do princípio de que a ex-Secretária de Educação falsificou a validação do seu Diploma de Mestrado, ou pelo menos sabia dessa falsificação!

Pincei cinco frases de Jeová que comprovam o que afirmo acima:

1) “a ex-Secretária usou um documento falso para aumentar o salário dela”;

2) “quem é capaz de usar documento falso, o que não fará com a Prefeitura de Cajazeiras?”;

3) “esse documento falso foi comprado”; 

4) “a ex-gestora igualmente cometeu crime ao permitir que outras pessoas também se beneficiassem dessa falsidade;”

5) “ela enganou o Tribunal de Contas do Estado – TCE.”

Como professor da Ciência Jurídica, Jeová sabe que, agora, ele deve provar o que afirmou no seu comício disfarçado de entrevista, com direito a falas inclusive do próprio pré-candidato Chico Mendes, ovações de correligionários e até foto com o V de vitória!

De outra maneira, o “Rei do Alho” terá, ele sim, cometido crime contra a honra alheia, seja injúria, difamação ou calúnia, talvez até todas juntas.

Importante registrar que na tal “entrevista” formavam mesa com Jeová o Prefeito de São José de Piranhas, Bal Lins, seu primo, o deputado e pré-candidato Chico Mendes, também seu primo, o médico Pablo Leitão, já anunciado como vice-prefeito na chapa oposicionista, além de Marcos Campos, seu irmão, que tem o nome lembrado como substituto de Chico na disputa eleitoral, caso se confirme a inelegibilidade do parlamentar piranhense.

Quer dizer, no palco da encenação midiática estavam todos os atores oposicionistas de uma disputa cuja campanha sequer foi ainda permitida pelo TRE.

Se a Justiça Eleitoral foi afrontada, não sei. Cabe a ela dizer.

Mas que foi um comício, disso não tenho dúvidas!

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